quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Bendito sejas tu, meu vinho tinto,
que fazes desde as eras mais distantes,
acender de repente nos amantes,
da paixão ardoroso e nobre instinto.

Bendito sejas tu pelo que eu sinto,
bendito sejas tu que neste instante,
despertas no meu peito flamejante
por amor um espírito faminto.

E ao beber do teu néctar benfazejo
sinto-te assim na taça cristalina,
qual se sentisse boca feminina.

Pelo ardor deste cálido desejo,
nesta minha alma louca e libertina,
bendito sejas, vinho que fascina!

Luiz Alberto Cavalcanti Filho 

2017


segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

terça-feira, 20 de setembro de 2011

A vinha
















A vinha

No meu cérebro tenho a vinha
Videiras são meus pensamentos
Cachos de uvas são as palavras
Que esmago nos lábios sedentos

Das parras caídas faço as folhas
Onde escrevo versos doirados
Que são bagos da imaginação
Depois, de bem amadurados

Dos meus tormentos faço o vinho
Com que embriago o pensamento
Assim ébrio... dou à imaginação
Asas… para voar como o vento

No mosto as palavras fermento
Nele, borbulham os meus versos
Que decanto em rimas de carvalho
E depois sirvo em cálices diversos

E como o vinho, são os poemas
Pois todos das castas dependem
O enólogo será sempre um poeta
Escanções, os que os compreendem

Delgado


http://www.luso-poemas.net/

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

"Terras de Mosto" IV Vindimas Épicas

Elas estão aí:As Vindimas Épicas - IV edição
TERRAS DE MOSTO

Soneto do Vinho, de Jorge Luis Borges

Em que reino, em que século, sob que silenciosa
Conjunção dos astros, em que dia secreto
Que o mármore não salvou, surgiu a valorosa
E singular idéia de inventar a alegria?

Com outonos de ouro a inventaram.
O vinho flui rubro ao longo das gerações
Como o rio do tempo e no árduo caminho
Nos invada sua música, seu fogo e seus leões.

Na noite do júbilo ou na jornada adversa
Exalta a alegria ou mitiga o espanto
E a exaltação nova que este dia lhe canto

Outrora a cantaram o árabe e o persa.
Vinho, ensina-me a arte de ver minha própria história
Como se esta já fora cinza na memória.

domingo, 5 de setembro de 2010

III VINDIMAS ÉPICAS



Mais uma voltinha mais uma viagem...
III VINDIMAS ÉPICAS
ninguém pode faltar!!!!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Um pouco de história


Um pouco de história



Reza a história que já pelo ano de 1678 os vinhos do Porto iam de viagem até à inglaterra, o que justifica plenamente a persuasão de que ainda muito antes se cultivavam com primor e carinho as vinhas do Douro.

A natureza xistosa dos terrenos, em geral cascalhentos, com boa percentagem de potassa, embora pobres em cal e azoto e por outro lado a acentuada influência climatérica da região, quente e pouco chuvosa e com a protecção das montanhas, são factores que vincam a fisionomia dos vinhos.

Mas, um dia do ano de 1868, os vinhedos do Douro foram perturbados por uma tremenda calamidade que foi a filoxera.As vinhas morreram quase todas.Foi aqui que para remediar tamanha miséira foi introduzido o bacelo Americano que resistia ao voraz insecto.Assim, e para que não se estragasse a qualidade do vinho do Douro houve que recorrer à enxertia.

Mais trabalhos e cuidados exige a vinha para corresponder à emocionante espectativa com que se aguarda a época da colheita que é a Vindima.

E porque foi Vindima em "Terras de mosto" fica aqui um primeiro registo.