quarta-feira, 29 de outubro de 2008

No lagar - "A pisa"

"A pisa"

Bem pisadinho este mosto!



Animada "A pisa"




quinta-feira, 16 de outubro de 2008

De vinho, de poesia ou de virtude

“Deve-se estar sempre embriagado. Nada mais conta. Para não sentir o horrível fardo do tempo em que esmaga os vossos ombros e vos faz pender para a terra, deveis embriagar-vos sem tréguas. Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude. À vossa escolha. Mas embriagai-vos. E se algumas vezes, nos degraus de um palácio, na erva verde de uma vala, na solidão baça do vosso quarto, acordais já diminuída ou desaparecida a embriaguez, perguntai ao vento, à vaga, à estrela, à ave, ao relógio, a tudo que foge, a tudo o que geme, a tudo que rola, a tudo que canta, a tudo que fala, perguntai que horas são. E o vento, a vaga, a estrela, a ave, o relógio vos responderão:

“São horas de vos embriagardes. Para não serdes os escravos martirizados do tempo, embriagai-vos sem cessar. De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa escolha”.

(Charles Baudelaire)

terça-feira, 7 de outubro de 2008

alimento


Foto "Terras de Mosto"



Quando comemos e bebemos
sentados no próprio chão que nos alimenta e sacia
é o nosso trabalho e esforço que comemos

e assim somos, ao mesmo tempo
a boca e o alimento



balde!




Fotos "Terras de Mosto"




de balde em balde se enche o cesto

que terás de carregar em ombros


sábado, 4 de outubro de 2008

Vinicultura Duriense - Um pouco de história

Foto "Terras de mosto"
Casa de "Sampaio"
Ruinas de um lagar




O texto mais antigo sobre a vinicultura na região Trasmontana é o de Strabão.

Strabão era um Geógrafo Grego nascido no ano 60 antes de Cristo e que faleceu no tempo de Tibério.

Dizia ele que os Montanheses colhiam pouco vinho e que esse pouco vinho não durava muito, pois o consumiam em patuscadas uns com os outros.

O costume das pândegas ainda hoje permanece.

Durante a feitoria do vinho novo, era costume os homens percorrerem de noite as ruas do povoado, cantando e tocando gaita, tambor, ferrinhos e guitarras.

Era também costume trancarem todas as portas e fontes, como a indicar que a água não se devia beber.



A vinicultura entre nós é muito antiga.

No tempo de Políbio (210-128 ntes de Cristo) já se dizia que a matreta de vinho custava um dracma.



matreta - equivalia a 27 litros (um almude mais ou menos)

dracma - denário Romano



In Estudos Durienses

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

"Talhe de foice"

O Grupo "Talhe de foice"
Fotografia de "Terras de mosto"

terça-feira, 30 de setembro de 2008

"A alma do vinho"

Foto "Terras de mosto"


A Alma do Vinho

Charles Baudelaire



A alma do vinho assim cantava nas garrafas:

"Homem, ó desherdado amigo, eu te compús,

Nesta prisão de vidro e lacre em que me abafas,

Um cântico em que há só fraternidade e luz!



Bem sei quanto custa, na colina incendida,

De causticante sol, de suor e de labor,

Para fazer minha alma e engendrar minha vida;

Mas eu não hei de ser ingrato e corruptor,



Porque eu sinto um prazer imenso quando baixo

À guela do homem que já trabalhou demais,

E seu peito abrasante é doce tumba que acho

Mais propícia ao prazer que as adegas glaciais.



Não ouves retinir a domingueira toada

E esperanças chalrar em meu seio, febrís?

Cotovelos na mesa e manga arregaçada,

Tu me hás de bendizer e tu serás feliz:



Hei de acender-te o olhar da esposa embevecida;

A teu filho farei voltar a força e a cor

E serei para tão tenro atleta da vida

Como o óleo que os tendões enrija ao lutador.



Sobre ti tombarei, vegetal ambrosia,

Grão precioso que lança o eterno Semeador,

Para que enfim do nosso amor nasça a poesia

Que até Deus subirá como uma rara flor!"

Quien ten parreiras tem ubas, quien ten ubas ten qui dar.


Dum coro de mirandeses:


"Quien ten parreiras tem ubas, quien ten ubas ten qui dar"



terça-feira, 23 de setembro de 2008

Programa Provisório

Programa Provisório

Sexta Feira Fim de Tarde : Recepção dos participantes com o vinho da casa e alguns acepipes, alguma conversa e descanso cedo p´ra alvorada

Sábado:
7:00: ALVORADA pelos Grupo de Vonvos "Talhe de Foice"
7:30: Viagem turística pelo Alto Douro Vinhateiro trajecto "Quintal" "Sampaio" com pequena merenda.
8:00: Inauguração das "I Vindimas Épicas" com o tradicional "Cristo à Moda do Douro"
10:00: Almoço ligeiro nos Socalcos Típicos do Douro com observação de aves e flora autóctone.
10:30: Reinício de mais um percurso entre bardos e vinhedos Durienses.
13:00: Jantar sob Ramada Típica com prova de Vinho e Gastronomia Regional
14:00: Provas de Desporto e Aventura (corte e transporte de uvas em terrenos agrestes)
17:00: Performance do esperado " Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo" com pequeno lanche de regresso à "Casa do Quintal"
18:00 Visita a lagar e oficina de Vinificação
19:00: Monólogos na Eira com a peça "Estas Mãos Vitivinícolas" por Arlindo Cunha Martins
20:00: Serão servidos os aperitivos no Terraço Sul
20:40: Serão Duriense com Ceia "Desfolhando o Milho, Contos e Cantares" .
24:00: Caldo Verde e mais alguns digestivos.

Domingo:
Quando acordarem: ALVORADA pelos Grupo de Vonvos "Talhe de Foice"
13:00: Almoço
Pela tarde: Spa Vínico com a Pisa em Lagar "Botando a Manta Abaixo 2008" orientada por Eduardo Cardoso Pai ao Acordeão.
Quando quiserem: Regresso após um belíssimo fim de semana.


A organização informa: Será desejável que tragam, calçado resistente e confortável, tesoura de trabalho e balde(stock existente limitado aos primeiros 4), uma capa impermeável, máquina fotográfica e boa disposição.

Primeiras vindimas épicas