quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Bendito sejas tu, meu vinho tinto,
que fazes desde as eras mais distantes,
acender de repente nos amantes,
da paixão ardoroso e nobre instinto.

Bendito sejas tu pelo que eu sinto,
bendito sejas tu que neste instante,
despertas no meu peito flamejante
por amor um espírito faminto.

E ao beber do teu néctar benfazejo
sinto-te assim na taça cristalina,
qual se sentisse boca feminina.

Pelo ardor deste cálido desejo,
nesta minha alma louca e libertina,
bendito sejas, vinho que fascina!

Luiz Alberto Cavalcanti Filho 

2017