terça-feira, 20 de setembro de 2011

A vinha
















A vinha

No meu cérebro tenho a vinha
Videiras são meus pensamentos
Cachos de uvas são as palavras
Que esmago nos lábios sedentos

Das parras caídas faço as folhas
Onde escrevo versos doirados
Que são bagos da imaginação
Depois, de bem amadurados

Dos meus tormentos faço o vinho
Com que embriago o pensamento
Assim ébrio... dou à imaginação
Asas… para voar como o vento

No mosto as palavras fermento
Nele, borbulham os meus versos
Que decanto em rimas de carvalho
E depois sirvo em cálices diversos

E como o vinho, são os poemas
Pois todos das castas dependem
O enólogo será sempre um poeta
Escanções, os que os compreendem

Delgado


http://www.luso-poemas.net/

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